"Esse blog foi criado devido a intolerância da equipe do FACEBOOK segundo eles as imagens eram de "conotação e incentivo sexual" e críticas homofóbicas de alguns perfis do mesmo, como falo de amor e não de sacanagem me reservo o direito de não me calar."



quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

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Meu filho é Gay, e agora?



O choque, a culpa, a revolta, a incredulidade e o medo são sentimentos típicos que assolam os pais quando estes são confrontados com este tipo de notícia. As reacções iniciais dos pais podem ser comparadas a um rebaixamento, uma vez que as expectativas construídas à volta daquele filho terão de ser reformuladas. Todas as situações que implicam luto envolvem necessariamente dor. Nesta situação foi importante o reconhecimento de todos estes sentimentos e reacções como sendo naturais.
Tal como em qualquer situação de luto também nesta há uma tentativa de negar a situação: "acho que quando ele crescer mais um pouco isto vai passar-lhe!". A negação funciona como um mecanismo de defesa, como uma tentativa de enterrar o assunto o mais profundamente possível.
Uma das ideias que passam pela cabeça da maioria dos pais quando confrontados com a homossexualidade é a de consultar um especialista: médico, psiquiatra ou psicólogo. Estes são percepcionados como profissionais que poderão ajudar os filhos a reconsiderar. Na verdade, há já quase trinta anos que a homossexualidade perdeu o estatuto de doença, pelo que, não se tratando de uma doença, não é susceptível de curadaah :sss.
A autoculpabilização ou a procura de um culpado que explique a orientação sexual dos filhos é também muito frequente, como tentativa de dar sentido àquilo que aparentemente é incompreensível. Nem aos pais nem a ninguém pode ser atribuída a culpa da homossexualidade, uma vez que a orientação sexual fixa-se muito antes de a pessoa ter consciência dela e por isso ninguém aprende, nem é persuadido a ser homo ou heterossexual.
A tentativa de esconder a homossexualidade de elementos próximos da família é também frequente. Esta tentativa habitualmente sai fracassada, porque se tenta esconder algo que na verdade os outros já sabiam.
Apesar de todos os sentimentos de frustração e até do desejo de expulsar o filho do lar, é necessário e urgente desdramatizar o assunto e falar dele abertamente para que a não aceitação da diferença não deite por terra laços profundos que se foram construindo ao longo dos anos.